Seja bem vindo
Três Lagoas,05/11/2025

  • A +
  • A -

Três Lagoas e outras cidades de MS podem ter aeroportos sob gestão privada


Três Lagoas e outras cidades de MS podem ter aeroportos sob gestão privada

Com os cofres públicos pressionados e a necessidade de ampliar a infraestrutura logística, o Governo de Mato Grosso do Sul prepara uma nova estratégia para modernizar os aeroportos regionais. A proposta é atrair a iniciativa privada para administrar e investir em nove terminais por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), com expectativa de movimentar mais de R$ 150 milhões em investimentos.

O projeto faz parte de um estudo de pré-viabilidade conduzido pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), em parceria com a Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes. O objetivo é fortalecer a aviação regional sem onerar os cofres públicos, criando uma rede integrada de terminais que impulsione o turismo, o agronegócio e a indústria em diferentes regiões do Estado.

O levantamento, apresentado à B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) em outubro, avaliou 20 aeroportos regionais, mas apenas nove apresentaram viabilidade econômica imediata: Campo Grande (Estância Santa Maria), Bonito, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Dourados, Coxim, Porto Murtinho, Naviraí e Nova Andradina.

De acordo com os técnicos responsáveis, esses aeroportos possuem maior potencial de movimentação de passageiros e cargas, além de localizações estratégicas para o desenvolvimento econômico do Estado.


“Os estudos mostram que esses aeroportos têm potencial para operar em bloco, conectando as regiões mais produtivas de Mato Grosso do Sul e ampliando a malha aérea regional”, explicou um representante da Infra S.A.


Modelo de concessão

O modelo de parceria prevê que o Estado mantenha a titularidade dos aeroportos, mas transfira à iniciativa privada a responsabilidade pela gestão, operação, modernização e manutenção dos terminais, por períodos que variam entre 20 e 30 anos. Em contrapartida, as empresas deverão realizar investimentos e pagar taxas ao governo, garantindo a continuidade dos serviços.

Os aportes previstos incluem melhorias nos terminais de passageiros, ampliação de pistas, construção de áreas técnicas de combate a incêndios e adequações às normas da ANAC, elevando o padrão de segurança e eficiência operacional.

Próximos passos

O EPE informou que o projeto ainda está em análise para ser incluído na carteira do Programa Estadual de Parcerias (PROP/MS). Caso aprovado, será elaborado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), etapa necessária antes do lançamento do edital de leilão.

Segundo o órgão, quatro grupos privados com experiência em gestão aeroportuária já demonstraram interesse em participar. Esses investidores operam terminais em outros estados e veem Mato Grosso do Sul como um mercado promissor, impulsionado pelo crescimento do PIB estadual e pela expansão do agronegócio e da celulose.

Atualmente, a maioria dos aeroportos regionais do Estado é utilizada apenas por aeronaves particulares e agrícolas. Apenas os terminais de Bonito e Dourados contam com voos comerciais regulares. Com o novo modelo, o governo pretende criar uma malha aérea integrada, no formato hub and spoke (centro e conexões), tendo Campo Grande como ponto central de distribuição de voos regionais e nacionais.

Desenvolvimento e integração

A iniciativa complementa o Plano Logístico Aeroviário, em andamento desde 2023, que já aplicou R$ 143 milhões em obras de modernização, pavimentação de pistas, construção de terminais e instalação de sinalização noturna.















A expectativa é que o projeto fortaleça a conectividade aérea, estimule o desenvolvimento regional e transforme Mato Grosso do Sul em referência nacional em logística multimodal, conectando o agronegócio, a indústria e o turismo em um mesmo eixo de crescimento sustentável.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login