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Três Lagoas,08/05/2025

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Leilão da Rota da Celulose acontece hoje (8) e pode destravar R$ 10,1 bilhões em investimentos nas rodovias de MS


Leilão da Rota da Celulose acontece hoje (8) e pode destravar R$ 10,1 bilhões em investimentos nas rodovias de MS

Reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, Mato Grosso do Sul se prepara para um dos leilões de infraestrutura mais aguardados do ano.

Nesta quinta-feira (8), quatro grandes grupos disputam a concessão da Rota da Celulose — um complexo rodoviário fundamental para o setor florestal — em certame realizado na B3, em São Paulo. O projeto prevê investimentos de R$ 10,1 bilhões ao longo de 30 anos e tem como objetivo modernizar a malha viária que conecta as principais regiões produtoras do Estado.

A concessão abrange 870,3 quilômetros de rodovias, envolvendo trechos das BRs-262 e 267 e das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395. Estão previstas obras de recuperação, duplicação, ampliação de capacidade e implementação de tecnologias modernas, como o pedágio 100% eletrônico (sistema free-flow). A empresa vencedora será definida pelo maior desconto tarifário e deverá cumprir compromissos robustos, incluindo 115 km de duplicações, 457 km de acostamentos e 245 km de terceiras faixas.

Após ajustes no modelo de concessão — como a redução de investimentos obrigatórios nos primeiros anos, em resposta à tentativa frustrada de leilão em 2023 — o projeto atraiu o interesse de quatro gigantes do setor: BTG Pactual, KInfra, XP e Way Kinea. Todas atuam em concessões rodoviárias em diferentes estados e agora voltam os olhos para o potencial logístico do leste sul-mato-grossense.

O projeto prevê ainda a instalação de 12 praças de pedágio, com tarifas diferenciadas: R$ 0,19 por km em pistas simples e R$ 0,26 em pistas duplas. Motociclistas serão isentos e motoristas que utilizarem tags eletrônicas terão descontos progressivos de até 20%, estimulando o uso da tecnologia e a fluidez no trânsito.

Além da modernização viária, a concessão inclui intervenções estratégicas como contornos urbanos, passagens de fauna, acessos e obras de arte especiais (pontes e viadutos). Entre os destaques estão os contornos de Santa Rita do Pardo, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu, além da ampliação dos postos fiscais da Sefaz e das bases da PRF e PMRv.

A iniciativa faz parte da estratégia do Governo do Estado de transferir à iniciativa privada a responsabilidade pela modernização da infraestrutura logística, aliviando os cofres públicos e promovendo o desenvolvimento regional. Ao fortalecer a conectividade no “Vale da Celulose”, o projeto deve aumentar a competitividade do setor e facilitar o escoamento da produção florestal e industrial.

Com 24% da produção nacional de celulose, o Mato Grosso do Sul ocupa a vice-liderança em área plantada de eucalipto. Atualmente, o Estado conta com quatro fábricas em operação e outras duas em fase de implantação — Arauco, em Inocência, e Bracell, em Bataguassu. Esse ciclo de expansão gera mais de 26 mil empregos diretos e indiretos.









O avanço do setor ganhou respaldo legislativo com o Projeto de Lei 12/2025, de autoria do deputado Pedro Caravina, que oficializa a criação do “Vale da Celulose”, abrangendo 11 municípios estratégicos como Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Brasilândia.




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