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Três Lagoas,29/04/2024

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Israel quer responder ataque, Irã vê assunto encerrado e comunidade internacional tenta evitar escalada do conflito: o que vem por aí

Fonte: g1.globo.com
Israel quer responder ataque, Irã vê assunto encerrado e comunidade internacional tenta evitar escalada do conflito: o que vem por aí



Escalada na crise começou no dia 1º de abril, após Israel bombardear o consulado do Irã em Damasco, na Síria. Em resposta, mísseis e drones foram lançados contra o território israelense, no sábado (13). Entenda a linha do tempo da escalada de tensões entre Irã e Israel
Após o Irã ter lançado um ataque inédito contra Israel, na noite de sábado (13), o governo israelense defende um contra-ataque. Enquanto isso, a comunidade internacional tenta evitar uma escalada no conflito. Já os iranianos consideram que o ataque foi uma resposta a um bombardeio israelense e veem o assunto como encerrado.
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O Irã afirmou que puniu Israel por um bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, em 1º de abril. Um membro importante da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas morreram no ataque.
Entenda o conflito nesta reportagem, a partir dos tópicos abaixo:

Como foi o ataque e como repercutiu
Histórico
O dia do ataque
As explosões
Mapa da região dos ataques
Como foi o ataque e como repercutiu
▶️ Resposta: A retaliação iraniana foi enviada a Israel na noite sábado, com o lançamento de mais de 300 mísseis e drones contra o país.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, 99% do ataque iraniano foi interceptado.
No entanto, alguns mísseis furaram a proteção israelense e caíram no território.
Uma criança de 10 anos ficou gravemente ferida no ataque.
O Irã disse que avisou países vizinhos sobre o ataque 72 horas antes do lançamento dos mísseis.
▶️ Reação de Israel: O governo de Israel se reuniu pouco depois do ataque. Uma nova reunião foi feita no domingo (14), no Gabinete de Guerra.
Israel defende responder o ataque do Irã.
Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra, afirmou que o Irã pagará na hora certa.
"Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós", afirmou Gantz em comunicado oficial.
O Irã avisou que pode lançar uma ofensiva ainda maior caso Israel faça um contra-ataque.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, também afirmou que o ataque contra Israel foi de "defesa legítima". Com a operação, o assunto foi visto como encerrado pelo país.
▶️ Sem apoio: O presidente Joe Biden deixou claro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não vão apoiar um possível contra-ataque.
Biden conversou com Netanyahu por telefone poucas horas depois do ataque.
Em um comunicado oficial, Biden chamou o ataque do Irã de "descarado" e elogiou a capacidade de defesa de Israel.
No entanto, nos bastidores, o presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos não participarão de eventual contra-ataque israelense.
As informações foram confirmadas por uma autoridade da Casa Branca à agência Reuters.
O Irã avisou que poderá bombardear bases norte-americanas se os Estados Unidos apoiarem Israel em uma contraofensiva.
▶️ G7 condena ataque: Os líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo condenaram o ataque e disseram que trabalhariam para tentar estabilizar a situação no Oriente Médio.
Uma reunião virtual foi agendada pela Itália, que está na presidência rotativa do grupo, no domingo.
Após a reunião, os líderes publicaram uma declaração demonstrando preocupação com uma possível escalada de tensões na região.
Além disso, o G7 pediu cessar-fogo imediato em Gaza.
▶️ ONU: Outra reunião marcada para o domingo foi a do Conselho de Segurança nas Nações Unidas, em caráter de urgência.
O representante de Israel pediu para que o órgão aplique "todas as sanções" contra o Irã.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o Irã não é diferente do regime nazista e comparou o líder supremo iraniano a Hitler.
Erdan também defendeu uma retaliação ao Irã e disse que Israel não é passivo diante de ameaças e ataques.
Já o Irã respondeu dizendo que agiu de forma legitima ao atacar o território israelense, direcionando artefatos apenas a alvos militares
O representante do Irã na ONU, Saeed Iravani, afirmou que o ataque havia sido notificado às Nações Unidas e que o país agiu dentro do direito internacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o Oriente Médio "está à beira do abismo" e que há um perigo de um conflito em larga escala.
▶️ E agora? De acordo com a professora Priscila Caneparo, especialista em direito internacional, o que se espera agora é "uma resposta um pouco mais branda de Israel".
"Muito dificilmente a gente espera que haja uma escalada a nível regional desses conflitos, desses ataques diretos que, pela primeira vez, aconteceram entre Irã e Israel", explicou.
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Artefatos caindo sob Jerusalém
REUTERS/Ronen Zvulun
Histórico
▶️ A escalada na crise começou no dia 1º de abril.
Naquele dia, um ataque israelense matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas na Síria.
O bombardeio atingiu a missão diplomática do Irã em Damasco e foi conduzido por aviões militares.
À época, Israel evitou comentar o caso, mas fontes da Defesa israelense confirmaram a autoria do bombardeio ao jornal "The New York Times".
▶️️ "Ação agressiva e desesperada": Um dia depois do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que Israel iria se arrepender do ataque.
Na mesma linha, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que o bombardeio não ficaria sem resposta.
Ao Conselho de Segurança da ONU, o Irã disse que tinha o direito de revidar o ataque de Israel e pediu que o órgão fizesse uma reunião de emergência para discutir a agressão.
▶️️ Tensão: Nos dias seguintes, começaram a pipocar informações sobre a possibilidade efetiva de uma resposta do Irã. O governo dos Estados Unidos, inclusive, demonstrou preocupação diante da ameaça.
No dia 10 de abril, o aiatolá Ali Khamenei voltou a prometer uma resposta contra Israel durante um discurso de encerramento do mês sagrado dos muçulmanos, o Ramadã.
O líder supremo do Irã disse que o regime israelense deveria ser punido.
Momentos depois, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, respondeu Khamenei e o marcou em uma rede social.
"Se o Irã lançar um ataque do próprio território, Israel vai responder e atacar o Irã", escreveu Katz.
Aiatolá Ali Khamenei abraça familiar de membro da Guarda Revolucionária morto em ataque de Israel
West Asia News Agency via Reuters
O dia do ataque
Na manhã de sábado (13), o Irã apreendeu um navio português e disse que a embarcação é ligada a Israel. A ação iraniana aumentou as especulações sobre a iminência de um ataque contra Israel.
▶️️ Tarde de sábado: Na expectativa de um ataque, as Forças de Defesa de Israel ordenaram a suspensão de aulas em todo o país e a restrição de aglomerações. Poucas horas depois, os militares afirmaram que o Irã havia lançado o ataque, enviando dezenas de drones para Israel.
Os drones não são tão rápidos quanto mísseis. Àquela altura, as autoridades sabiam que as aeronaves não tripuladas demorariam horas para chegar até Israel.
▶️️ Preparação: Enquanto o ataque não chegava em solo israelense efetivamente, diversas ações foram tomadas. Entre elas:
o espaço aéreo foi fechado no Iraque, Líbano e Israel;
Israel posicionou caças e efetivo militar para conseguir derrubar os drones antes que eles atingissem os alvos;
sirenes foram acionadas em algumas regiões de Israel, alertando a população sobre o ataque.
▶️️ Aproximação: No caminho até o território israelense, parte dos drones foi derrubada por equipamentos de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Arábia Saudita e da Jordânia.
Por volta das 19h (horário de Brasília), ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma "ação legítima".
"O assunto pode ser considerado encerrado. Contudo, se o regime israelense cometer outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa", escreveu o perfil da missão do Irã na ONU em uma rede social.
Além disso, o Irã confirmou que também havia lançado mísseis contra Israel. Ao todo, foram mais de 300 artefatos, entre drones e mísseis de cruzeiro e balísticos.
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Reprodução/TV Globo
As explosões
Explosões começaram a ser ouvidas em Jerusalém às 20h, pelo horário de Brasília. Imagens registraram drones sendo interceptados e destruídos pelas forças israelenses ainda no ar.
▶️️ Defesa: De acordo com o jornal "The Jerusalem Post", o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou que quase todos os drones foram derrubados por caças.
Israel também acionou o chamado "Domo de Ferro", que consegue interceptar artefatos ainda no ar e explodi-los.
No entanto, uma agência estatal de notícias iraniana afirmou que mísseis lançados pelo país ultrapassaram a proteção.
Pouco depois das 20h, no horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel informaram que os moradores de Israel não precisavam mais se abrigar.
Em Teerã, capital do Irã houve comemoração durante o ataque.
A agência de notícias Associated Press informou que essa foi primeira vez que o Irã lançou um ataque militar direto a Israel, apesar de mais de quatro décadas de uma inimizade que remonta à Revolução Islâmica de 1979.
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Mapa da região dos ataques
Irã dispara drones contra Israel
Arte/g1
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co, na noite de sábado (13), o governo israelense defende um contra-ataque. Enquanto isso, a comunidade internacional tenta evitar uma escalada no conflito. Já os iranianos o que o ataque foi uma resposta a um bombardeio israelense e vê o assunto como encerrado.




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