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Três Lagoas,24/04/2024

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Palestinos da 2ª maior cidade de Gaza encontram cenário de destruição; Netanyahu diz que já tem data para atacar Rafah

Fonte: g1.globo.com
Palestinos da 2ª maior cidade de Gaza encontram cenário de destruição; Netanyahu diz que já tem data para atacar Rafah



Israel ainda não desistiu de atacar a cidade de Rafah, no ponto mais ao sul da Faixa de Gaza. Os EUA fizeram uma nova proposta de cessar-fogo ao grupo terrorista Hamas, que recusou a ideia. Israel retira tropas do sul da Faixa de Gaza
Moradores da segunda maior cidade da Faixa de Gaza, Khan Younis, que foi esvaziada durante as batalhas entre as forças de Israel e o grupo terrorista Hamas, estão voltando para casa nesta segunda-feira (8) para tentar recuperar o que puderem depois da destruição.
Os militares israelenses anunciaram no domingo retiraram tropas de Khan Younis, mas que as tropas estão se reagrupando enquanto o exército se prepara para avançar contra Rafah, que Israel chama de último reduto do Hamas.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a invasão de Rafah "vai acontecer, há uma data (para isso)". Ele não deu mais detalhes. Pouco depois, o Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que não foi informado sobre os planos. (leia mais sobre Rafah abaixo).
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As famílias que estão voltando a Khan Younis encontraram um lugar irreconhecível. Milhares de prédios foram destruídos ou severamente danificados. Segundo a agência de notícias AP, as famílias tentaram encontrar os locais onde viviam que agora são amontoados de destroços ou, em alguns casos, edificações esburacadas, com andares estraçalhados.
Na prática, uma parte significativa da Faixa de Gaza está inabitável após a ofensiva.
Estima-se que 55% das edificações da área de Khan Younis (cerca de 45 mil prédios) foram destruídas ou danificadas. Os números são de dois pesquisadores dos Estados Unidos (Corey Scher da City University de New York ed Jamon Van Den Hoek da Oregon State University). Os dois usaram imagens feitas por satélite para monitorar a dimensão dos estragos causados pela guerra.
A invasão a Khan Younis pelas tropas israelenses aconteceu em dezembro, cerca de dois meses depois de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o território de Israel, matou 1.200 pessoas e sequestrou mais de 200 pessoas. Segundo os israelenses, há cerca de 130 reféns ainda sequestrados pelo Hamas, mas um quarto deles estão mortos.
De acordo com informações do Hamas, mais de 33 mil palestinos morreram na guerra.
Uma parte das pessoas que voltaram a Khan Younis não vai ficar lá, conforme a AP. Isso porque Khan Younis está inabitável.
O principal hospital da cidade está com destroços espalhados pela área dos quartos e o teto desabou. Tropas israelenses invadiram a instalação durante a ofensiva, dizendo que acreditavam que corpos de reféns estavam lá dentro (eles não afirmaram se de fato encontraram o que buscavam).
Antes de atacar Khan Younis, Israel afirmou que a cidade era um importante reduto do Hamas que havia evidências de que reféns eram mantidos na cidade.
Com a retirada das tropas, o Hamas pode buscar se reagrupar lá, assim como fez no norte da Faixa de Gaza.
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AFP
Israel afirma que quer invadir Rafah
Cerca de metade dos moradores que tiveram que sair de suas casas na Faixa de Gaza foram para a cidade de Rafah, que fica na região mais ao sul da Faixa de Gaza.
Israel afirma que ainda tem planos para invadir Rafah –segundo os israelenses, trata-se do último grande reduto do Hamas.
O governo de Israel enfrenta a pressão de outros países (inclusive dos EUA) para não invadir uma região onde há 1,4 milhão de pessoas, sendo que grande parte delas já deixou suas casas em outras regiões da Faixa de Gaza devido à guerra.
Os EUA disseram que invadir Rafah seria um erro e exigiu ver um plano dos israelenses para proteger as pessoas da cidade.
Israel está comprando 40 mil tendas para se preparar para a retirada de pessoas de Rafah, disse um funcionário israelense, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com a imprensa.
Permitir que as pessoas retornem a Khan Younis poderia tirar gente de Rafah, mas além da destruição, os moradores também precisam tomar cuidado com artefatos explosivos deixados na região durante os combates.
O exército israelense reduziu tropas no norte da Faixa de Gaza, mas continuou a atacar pelo ar e fazer incursões onde o Hamas se reagrupou de acordo com eles. Um desses locais foi o maior hospital da Faixa de Gaza, Shifa, deixando o que o chefe da Organização Mundial da Saúde chamou de "um casco vazio". Israel culpa o Hamas pelos danos.
Fracasso em negociações de cessar-fogo
O Catar, o Egito e os EUA estão em negociações para um cessar-fogo em troca da libertação dos reféns israelenses.
O diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo para 'uma rodada séria' de negociações. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA queriam um cessar-fogo de cerca de seis semanas.
Horas mais tarde, o Hamas se recusou a aceitar a proposta dos americanos.
Kirby afirmou também que mais de 300 caminhões de ajuda entraram na Faixa de Gaza no domingo, mas mesmo a Casa Branca ainda vai pressionar Israel para permitir a entrada de mais suprimentos de ajuda humanitária no enclave palestino.




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